segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Desde as Tangas Chanel até ao cintos Louis Vuitton

Desde meados de 2003, as expressões "de tanga" e "apertar o cinto" tornaram-se virgulas da gíria da «Grande Recessão Económica». Mas ainda ninguém parou para pensar nas marcas comerciais, desses artigos de Vestuário. Se observarmos bem a classe politica e o Estado, podemos concluir que se trata de Tangas Chanel ou Dior, com as sedas mais macias, e os cintos apenas Louis Vuitton ou Jean Paul Gautier, com a mais imaculada das peles.
A incoerência não é apenas aparente. A nossa classe politica insiste em viajar, quando de avião, em classe executiva, quando de carro, em Mercedes-Benz ou BMW (chegando em alguns casos a ser mesmo Porsche ou Jaguar).
Em plena crise financeira, Executivo autorizou a renovação da frota do Estado. 608 viaturas novas terão custado 7,7 milhões de euros.
Afirma, aqui, o Correio da Manhã. Mais á Frente nesta noticia pode ler-se:
(...)a ANCP, por força da agregação de necessidades de compra e da negociação centralizada dos veículos a adquirir, atingiu já poupanças na ordem dos 3,3 milhões de euros, ou seja, cerca de 30 por cento do valor total (...).
 Hilariante, o pais está mal, mas mesmo assim fazem-se aquisições no valor de 7,7 milhões de euros e, ainda assim, se consegue afirmar que foram poupados 3,3 milhões.
Caro Engenheiro Sócrates, para poupar não se compram carros, usam-se os do ano passado! Todos os anos a frota do Estado Português sofre remodelações. É de admirar que algum porta voz do estado não tenha ainda dito "Foi um negocio da China, eram cerca de 11 milhões, mas nós conseguimos por 7,7."
Se não se comprassem esses carros, poupava-se 7,7 milhões de euros, dinheiro esse que podia ser aplicado noutras áreas, (ajuda aos desempregados, Idosos, Promoção da juventude...)

Passos Coelho, repetitivamente, inquire o governo sobre as politicas económicas futuras, e voltou à carga neste ultimo comício. Sobre isto apenas digo que se o PSD está à espera que uma revisão ás politicas Económicas feita da mesma forma que eles propõem  a revisão constitucional, God Save the Poor People, porque, se mal estamos, mal ficamos!


As perspectivas económicas são negras, e não é preciso ser-se Francisco Louçã ou o Banco de Portugal, para se adivinhar uma recessão (técnica?) no ano que se avizinha.

E assim vai a "forte e competitiva e sem crise", economia de Portugal

Sem comentários:

Enviar um comentário