terça-feira, 28 de setembro de 2010

Para não falar da "Não divina comédia"*, Segway mata o dono "da" Segway

O estado da politica em Portugal está no fundo do poço. Ás vezes levanta-se um pouco, mas volta a cair enterrando-se ainda mais...


Como tal, vou fazer uma pausa na politico-criticisse habitual, e venho anunciar (com pesar) a morte do dono da Segway. E o mais irónico é que morreu, precisamente, enquanto andava a passear com a sua Segway "todo-o-terreno". Eu que sempre almejei ter um meio de transporto como este, (re)começo a duvidar de quão seguras serão as Segway's.
Podem ver o resto da noticia no site do Jornal Publico, aqui.

*-Titulo do próximo Post

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Telenovela

É preocupante ver que a politica portuguesa cada vez se aproxima mais de uma telenovela do horário nobre da TVI. No dia em que disseram que existem casos extra conjugais no nosso actual Governo/Assembleia da Republica não vou ficar, de todo, surpreendido.

Paços Coelho cada vez cava mais a sua própria "sepultura politica" com as revisões constitucionais que apresenta, e as sucessivas revisões à Proposta de Revisão Constitucional.

José Sócrates, depois de um período com medidas positivas e negativas para o pais, estagnou. Limita-se a por hipóteses mas nada em concreto. Agora nem faz bem nem mal (o que até pode ser benéfico).

Paulo Portas continua com a sua politica habitual, atacar os outros por tudo e por nada, e esquecendo-se do seu passado (negro?) aquando governo em coligação com o PSD.

Francisco Louçã anda preocupado com SNS e com razão!

Gerónimo de Sousa... o que é feito dele?

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Battlestar Galactica no nosso Governo...

Horas e horas foram passadas a ver Battlestar Galáctica, uma série de 2003, em que cyclons (criaturas criadas pelos humanos para escravos), se revoltam e tentam exterminar a espécie humana. Estas criaturas tinham a particularidade de possuírem inteligência e como tal, criaram "copias" dos humanos com altos cargos político-militares, tendo em vista a espionagem "do outro lado".

Hoje após ler a entrevista que a Sr. Ministra da Educação, Isabel Alçada, deu ao Jornal Publico, fiquei seriamente a pensar que, afinal, a ficção é a realidade. A nossa Ministra deve ter sido substituída por uma sósia, que tem como objectivo enganar os portugueses, no que toca ao estado do ensino em Portugal.


Á pergunta: "Os exames são demasiado fáceis?", obtemos como resposta, e passo a citar:
"Não. De ano para ano têm vindo a ser melhorados, é um trabalho complicado, houve grande evolução na construção técnica de provas.(...)"
Realmente deve ser um trabalho muito complicado, principalmente quando os exames estão cheios de ambiguidades, e em alguns casos chegam mesmo a estar escritos com português do Brasil, como é o caso do Exame Nacional de Física e Química da 1.ª fase de 2010. Podem comprovar isto, aqui.

Adiante quando confrontada com a questão: "Qual é a estratégia para combater o insucesso?" a Ministra responde:

"Não podemos achar natural que uma criança tenha insucesso. Todos merecem apoio e acompanhamento para que possam aprender bem e ter bons resultados. Com um bom nível de aprendizagem, trabalho e esforço, certamente que vamos conseguir(...)."
Mais claro que isto só o Exame Nacional de Física e Química da 1.ª fase de 2010...
É interessante, reconhece-se  que o insucesso existe (mais uma vez) mas as estratégias de combate são sempre as mesmas: Nenhumas!


Mais adiante, fala-se nas aulas de substituição e nas "cartadas" e sessões de cinema dos marroquinos, quadro este que a ministra desvaloriza de forma jocosa e afirma que: "(...)o importante é que todos estejam a aprender e concentrados"
Relativamente ao numero de alunos, Isabel Alçada diz que não se vão alterar o numero de alunos por turma, uma vez que somos dos poucos paises da OCDE "(...)dos que têm menos alunos por turma e um professor para cada sete alunos."
Alguém que avise a senhora Ministra que para este tipo de estatística não contam os professores no desemprego nem os reformados.

A caminhar para a recta final da entrevista, é referido o encerramento de 700 escolas, ao que a ministra salienta a falta de conhecimento de alternativas por parte dos pais manifestantes. Sobre este assunto, existe esta publicação relacionada deste próprio blog, aqui.

Os "mega-agrupamentos" são desvalorizados também, pois, segundo a aclamada escritora infanto-juvenil, " nenhum é maior do que os que já existiam. A intenção não é poupar dinheiro. O que pretendemos é melhor articulação e não fusão de escolas."

E mais uns blá-blá-blá's finais, onde se refere que a escolaridade obrigatoria se vai manter até aos 18 anos de idade, e está terminada a entrevista.


Acho mesmo que a Senhora Ministra não sabe em que pais está, ou então andou a ler os relatórios de educação das Noruega ou Finlândia, tomando-os como nacionais, ou ainda, a possível "troca" por um Cyclon com a aparência de Isabel Alçada.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Bode espiatório ou a maior representação de inocência em público de sempre?

Nestes últimos tempos o caso mediático da televisão portuguesa é o processo "Casa Pia", mediatismo esse devido, não só á natureza do caso, mas também devido ao "nível" das pessoas que nele são implicadas.
Não vou defender nem julgar ninguém, uma vez que essa tarefa foi encarregue aos Juizes de Instrução Criminal e os respectivos advogados dos arguidos. Apenas me parece que existem certas incongruências, diria mesmo desencontros com a verdade.
Fala-se que este caso serve para "limpar a justiça portuguesa", mas se a justiça é cega, pode enganar-se na embalagem de detergente, e limpar-se com acido sulfúrico...
O que quero dizer com isto? Duas coisas:
  1. Os sucessivos recursos e os relacionamentos dos arguidos com altos cargos podem levar á prescrição e os arguidos, se culpados, sairão impunes;
  2. Na tentativa de mostrar que em Portugal se faz justiça independentemente de quem seja o criminoso, pode-se extravasar com provas.
O que é certo é que este assunto ainda vai fazer correr muita tinta nos jornais...