Á pergunta: "Os exames são demasiado fáceis?", obtemos como resposta, e passo a citar:
"Não. De ano para ano têm vindo a ser melhorados, é um trabalho complicado, houve grande evolução na construção técnica de provas.(...)"
Realmente deve ser um trabalho muito complicado, principalmente quando os exames estão cheios de ambiguidades, e em alguns casos chegam mesmo a estar escritos com português do Brasil, como é o caso do Exame Nacional de Física e Química da 1.ª fase de 2010. Podem comprovar isto, aqui.
Adiante quando confrontada com a questão: "Qual é a estratégia para combater o insucesso?" a Ministra responde:
"Não podemos achar natural que uma criança tenha insucesso. Todos merecem apoio e acompanhamento para que possam aprender bem e ter bons resultados. Com um bom nível de aprendizagem, trabalho e esforço, certamente que vamos conseguir(...)."
Mais claro que isto só o Exame Nacional de Física e Química da 1.ª fase de 2010...
É interessante, reconhece-se que o insucesso existe (mais uma vez) mas as estratégias de combate são sempre as mesmas: Nenhumas!
Mais adiante, fala-se nas aulas de substituição e nas "cartadas" e sessões de cinema dos marroquinos, quadro este que a ministra desvaloriza de forma jocosa e afirma que: "(...)o importante é que todos estejam a aprender e concentrados"
Relativamente ao numero de alunos, Isabel Alçada diz que não se vão alterar o numero de alunos por turma, uma vez que somos dos poucos paises da OCDE "(...)dos que têm menos alunos por turma e um professor para cada sete alunos."
Alguém que avise a senhora Ministra que para este tipo de estatística não contam os professores no desemprego nem os reformados.
A caminhar para a recta final da entrevista, é referido o encerramento de 700 escolas, ao que a ministra salienta a falta de conhecimento de alternativas por parte dos pais manifestantes. Sobre este assunto, existe esta publicação relacionada deste próprio blog, aqui.
Os "mega-agrupamentos" são desvalorizados também, pois, segundo a aclamada escritora infanto-juvenil, " nenhum é maior do que os que já existiam. A intenção não é poupar dinheiro. O que pretendemos é melhor articulação e não fusão de escolas."
E mais uns blá-blá-blá's finais, onde se refere que a escolaridade obrigatoria se vai manter até aos 18 anos de idade, e está terminada a entrevista.
Acho mesmo que a Senhora Ministra não sabe em que pais está, ou então andou a ler os relatórios de educação das Noruega ou Finlândia, tomando-os como nacionais, ou ainda, a possível "troca" por um Cyclon com a aparência de Isabel Alçada.
Sem comentários:
Enviar um comentário