terça-feira, 14 de setembro de 2010

Battlestar Galactica no nosso Governo...

Horas e horas foram passadas a ver Battlestar Galáctica, uma série de 2003, em que cyclons (criaturas criadas pelos humanos para escravos), se revoltam e tentam exterminar a espécie humana. Estas criaturas tinham a particularidade de possuírem inteligência e como tal, criaram "copias" dos humanos com altos cargos político-militares, tendo em vista a espionagem "do outro lado".

Hoje após ler a entrevista que a Sr. Ministra da Educação, Isabel Alçada, deu ao Jornal Publico, fiquei seriamente a pensar que, afinal, a ficção é a realidade. A nossa Ministra deve ter sido substituída por uma sósia, que tem como objectivo enganar os portugueses, no que toca ao estado do ensino em Portugal.


Á pergunta: "Os exames são demasiado fáceis?", obtemos como resposta, e passo a citar:
"Não. De ano para ano têm vindo a ser melhorados, é um trabalho complicado, houve grande evolução na construção técnica de provas.(...)"
Realmente deve ser um trabalho muito complicado, principalmente quando os exames estão cheios de ambiguidades, e em alguns casos chegam mesmo a estar escritos com português do Brasil, como é o caso do Exame Nacional de Física e Química da 1.ª fase de 2010. Podem comprovar isto, aqui.

Adiante quando confrontada com a questão: "Qual é a estratégia para combater o insucesso?" a Ministra responde:

"Não podemos achar natural que uma criança tenha insucesso. Todos merecem apoio e acompanhamento para que possam aprender bem e ter bons resultados. Com um bom nível de aprendizagem, trabalho e esforço, certamente que vamos conseguir(...)."
Mais claro que isto só o Exame Nacional de Física e Química da 1.ª fase de 2010...
É interessante, reconhece-se  que o insucesso existe (mais uma vez) mas as estratégias de combate são sempre as mesmas: Nenhumas!


Mais adiante, fala-se nas aulas de substituição e nas "cartadas" e sessões de cinema dos marroquinos, quadro este que a ministra desvaloriza de forma jocosa e afirma que: "(...)o importante é que todos estejam a aprender e concentrados"
Relativamente ao numero de alunos, Isabel Alçada diz que não se vão alterar o numero de alunos por turma, uma vez que somos dos poucos paises da OCDE "(...)dos que têm menos alunos por turma e um professor para cada sete alunos."
Alguém que avise a senhora Ministra que para este tipo de estatística não contam os professores no desemprego nem os reformados.

A caminhar para a recta final da entrevista, é referido o encerramento de 700 escolas, ao que a ministra salienta a falta de conhecimento de alternativas por parte dos pais manifestantes. Sobre este assunto, existe esta publicação relacionada deste próprio blog, aqui.

Os "mega-agrupamentos" são desvalorizados também, pois, segundo a aclamada escritora infanto-juvenil, " nenhum é maior do que os que já existiam. A intenção não é poupar dinheiro. O que pretendemos é melhor articulação e não fusão de escolas."

E mais uns blá-blá-blá's finais, onde se refere que a escolaridade obrigatoria se vai manter até aos 18 anos de idade, e está terminada a entrevista.


Acho mesmo que a Senhora Ministra não sabe em que pais está, ou então andou a ler os relatórios de educação das Noruega ou Finlândia, tomando-os como nacionais, ou ainda, a possível "troca" por um Cyclon com a aparência de Isabel Alçada.

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